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Programar pra que se é sem querer...


Sempre que escuto Legião Urbana eu tenho um sentimento difícil de explicar, um sentimento de "de volta às origens", algo nostálgico e até mesmo um pouco triste, ainda que seja um sentimento que eu goste.
Eu estava ouvindo Legião esses dias enquanto configurava meu localhost e um pensamento não saía da minha cabeça: por que estou fazendo isso? Mas não era aquele pensamento típico de fúria que vem quando aparece um erro incompreensível no código. Era algo mais profundo e filosófico.
Veja bem, eu não sou uma pessoa de exatas. Minha dificuldade com lógica é de nascença, piadinhas como "eu não conto nem vantagem" me acompanham desde sempre. Eu sou uma pessoa de humanas, que ia bem nas aulas de filosofia, que aprendeu rápido inglês e fazia boas redações. É essa a minha praia. Não números, lógica, pecinhas de pc...
Mas não é fascinante como a combinação entre o 0 e o 1 pode fazer algo tão complexo como um computador funcionar?
Antes que eu pudesse perceber, já estava com a cabeça enfiada no computador consertando algum problema simples que, para mim, representou a passagem de um grande portal. Entrei nos hardware, depois para os software, e embora eu seja ruim em ambos, tenho orgulho de não ser mais leiga. Eu sei o basicão yeah. Eu sei me virar.
Eu podia tocar meus projetos da forma mais fácil, com layouts prontos e sistemas pré-programados, mas aí não seria do meu jeito, não seria algo genuinamente meu. E, assim mesmo sem querer, fui fazendo tudo. De tudo um pouco. De tudo, tudo.
Deixei de ser nível básico? Não. Mas vamos levando, os projetos estão saindo, os sonhos estão dando sinais de que eles podem um dia se realizar. Só precisa de mais trabalho duro da minha parte.

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